quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Metáfora do estilingue

Como tenho pra mim, que conhecimento útil é aquele que todo mundo sabe. Resolvi compartilhar minha experiência.
Serve muito para colocarmos em pratica quando estamos preocupados com a vida, os afazeres do dia a dia, com alguns acontecimentos esporádicos que muitas vezes nos põem a achar que o mundo conspira contra nós.
A preocupação é algo natural é do ser humano, a dor quando algo nos acontece também é natural, agora o sofrimento é criado.
No momento em que estamos confusos querendo resolver tudo de forma rápida, atropelando tudo, exigindo de todos em fim, querendo dar solução sem medir as conseqüências dos atos, com a cabeça confusa e nessa hora nos tornamos presas fácil para o sistema, pois nos tornamos um zero a esquerda, correndo em cima de uma esteira para chegar a lugar algum e achando que estamos em 1º lugar em uma corrida que não existe.
Então resolvi adequar minha vida a metáfora do estilingue!
Isso mesmo!  No estilingue você não tem que puxar a pedra para trás e quanto mais você puxa mais longe e certeira ela pode ser.
Pois, Então na vida da gente não é muito diferente quando temos um problema o melhor a fazer é recuar, quando saímos rapidamente ao ataque atirando para todos os lados nunca atingimos o nosso objetivo, porque ao correr podemos não olhar o chão tropeçar e cair e o que é pior as pessoas que poderiam estender as mãos já foram magoadas o suficiente pela nossa confusão mental.

Primeiramente mantenha a calma, enquanto você tiver com a cabeça confusa você vai continuar fazendo besteira e daí coisas boas não irão surgir.
Por tanto se você quer realmente ser ajudado e ajudar faça o seguinte, pare neste exato momento tudo que você esta fazendo vai passar a mão no gato, tomar um café, vai soltar bolinha de sabão no ar, vai dar uma volta no parque, pare pra conversar com um amigo e não comenta o problema tenta ignorar ele até que seja possível raciocinar de forma a realmente resolver sem que para isso você traga outros ainda maiores para resolver depois.
Então na analogia como que funciona, é melhor que estejamos sintonizados, nessas horas, às energias positivas para que possamos ouvir e enxergar melhor os passos a serem dados.

Seja feliz. A melhor forma de ajudar o mundo é acendendo a própria luz.

Traga criatividades de soluções para o que achar ser necessário ajustar.

Jamais critique um irmão com palavras duras. Direcione e ensine com seu exemplo, ofereça soluções! Aquele que você acredita estar cheio de problemas, não precisa de mais um problema. 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Vinte e seis maneiras de identificar se uma comunicação provém de um bom espírito


Vinte e seis maneiras de identificar se uma comunicação provém de um bom espírito


Seja você espírita ou não, provavelmente, já se viu em determinada situação em que alguém lhe transmitiu alguma "mensagem", recebida por algum médium, adivinho ou "sensitivo", tendo você como especial destinatário. É muito provável, também, você conhecer pessoas que andam consultando e recebendo instruções de espíritos por aí, na intenção de obter soluções rápidas para seus problemas ou aflições. Há também o caso daquele seu vizinho que "recebe" tal e qual entidade e "trabalha" em casa mesmo.
Pois bem, você deve ter ficado em dúvida, sem saber discernir o conteúdo dessas mensagens. Teria sido proveniente de um espírito mesmo? Ou então, no mínimo, teria esse espírito uma índole moral superior capaz de merecer a sua confiança?
Levando ainda essa questão para o campo estritamente psíquico, da influenciação espiritual, a que todos estamos sujeitos e que ocorre inconscientemente, na rotina de nossas vidas, podemos observar a natureza de nossas próprias cogitações mentais. O que estamos cogitando? Seja o que for, será algo digno de alguém preocupado com a auto-educação espiritual?

Respostas para dúvidas mediúnicas estão na obra de Allan Kardec

O codificador do espiritismo, Allan Kardec, em sua obra O Livro dos Médiuns, deixou tudo isso muito bem claro e, para os estudiosos da doutrina, o que falamos aqui não é nenhuma novidade. Mas, para quem está chegando agora e para os que se interessam em recapitular o aprendido, aqui vão 26 maneiras de identificar se uma comunicação é proveniente de um espírito superior ou não:
  1. Não há outro critério para discernir o valor dos espíritos senão o bom-senso.
  2. Conhecemos os espíritos pela sua linguagem e pelos seus conselhos, ou seja, pelos sentimentos que inspiram e os conselhos que dão.
  3. Uma vez admitido que os bons espíritos não podem dizer e fazer senão o bem, tudo o que for mau não pode provir de um bom espírito.
  4. A linguagem dos espíritos superiores é sempre digna, nobre e elevada, sem mistura de trivialidades. Dizem tudo com simplicidade e modéstia, não se gabam jamais, não exibem seu saber nem a sua posição entre os outros.
    A linguagem dos espíritos inferiores ou vulgares tem sempre algum reflexo das paixões humanas. Toda expressão que indique baixeza, presunção, arrogância, fanfarrice, acrimônia, é indício característico de inferioridade, ou de fraude se o espírito se apresenta sob um nome respeitável e venerado.
  5. Não é pela forma material e nem pela correção do estilo que se julga um espírito mas, sim, sondando-lhe o íntimo, esquadrinhando suas palavras, pesando-as friamente, maduramente e sem prevenção. Todo desvio de lógica, razão e de sabedoria, não pode deixar dúvida quanto à sua origem, qualquer que seja o nome com o qual se vista a entidade espiritual comunicante.
  6. A linguagem dos espíritos elevados é sempre idêntica, senão quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo. Não são contraditórios.
  7. Os bons espíritos não dizem senão o que sabem, calam-se ou confessam sua ignorância sobre o que não sabem.
    Os maus falam de tudo com segurança, sem se preocuparem com a verdade. Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom-senso, mostra a fraude se o espírito se diz esclarecido.
  8. É fácil reconhecer os espíritos levianos pela facilidade com que predizem o futuro e precisam fatos materiais que não nos é dado conhecer. Os bons espíritos podem fazer pressentir as coisas futuras quando esse conhecimento for útil, mas não precisam jamais as datas: todo anúncio de acontecimento com época fixada é indício de uma mistificação.
  9. Os espíritos elevados se exprimem de maneira simples, sem prolixidade. Seu estilo é conciso, sem excluir a poesia de idéias, de expressões sempre inteligíveis e ao alcance de todos, sem exigir esforço para ser compreendido. Têm a arte de dizerem muitas coisas com poucas palavras, porque cada palavra tem sua importância.
    Os espíritos inferiores, ou falsos sábios, escondem sob a presunção e ênfase o vazio dos pensamentos. Sua linguagem, freqüentemente, é pretensiosa, ridícula, ou obscura à força de querer parecer profunda. Mas não é.
  10. Os bons espíritos jamais ordenam: não se impõem, aconselham e, se não são escutados, se retiram. Os maus são imperiosos, dão ordens, querem ser obedecidos e permanecem mesmo assim. Todo espírito que se impõe, trai sua origem. São exclusivos e absolutos em suas opiniões, e pretender ter, só eles, o privilégio da verdade. Exigem uma crença cega e não apelam à razão, porque sabem que a razão os desmascariam.
  11. Os bons espíritos não lisonjeiam. Aprovam quando se faz o bem, mas sempre com reservas. Os maus dão elogios exagerados, estimulam o orgulho e a vaidade, pregando a humildade, e procuram exaltar a importância pessoal daqueles a quem desejam captar.
  12. Os espíritos superiores estão acima das puerilidades da forma e em todas as coisas. Só os espíritos vulgares podem dar importância a detalhes mesquinhos, incompatíveis com as idéias verdadeiramente elevadas. Toda prescrição meticulosa é um sinal certo de inferioridade e de fraude da parte de um espírito que toma um nome importante.
  13. Desconfie dos nomes bizarros e ridículos que tomam certos espíritos que querem se impor à credulidade. Seria soberanamente absurdo tomar esses nomes a sério.
  14. Desconfie também dos espíritos que se apresentam muito facilmente com nomes extremamente venerados e não aceite suas palavras senão com a maior reserva. Neste caso é necessário um controle severo e indispensável, porque, freqüentemente, é uma máscara que tomam para fazer crer em pretendidas relações íntimas com os espíritos excepcionais. Por esse meio afagam a vaidade do médium e dela se aproveitam para induzi-lo, constantemente, a diligências lamentáveis ou ridículas.
  15. Os bons espíritos são muito escrupulosos sobre as atitudes que podem aconselhar. Em todos os casos, não aconselham jamais se não houver um objetivo sério eminentemente útil. Deve-se considerar como suspeitas todas as que não tiverem esse caráter, ou não estiverem de acordo com a razão. É ainda necessário refletir maduramente todo conselho recebido para não correr o risco de expor-se a mistificações desagradáveis.
  16. Os bons espíritos podem também serem reconhecidos pela sua prudente reserva sobre todas as coisas que podem comprometer. Repugna-lhes revelar o mal.
    Os espíritos levianos ou malévolos se comprazem em faze-lo realçar. Enquanto que os bons procuram suavizar os erros e pregam a indulgência, os maus os exageram e sopram a cizânia por meio de insinuações pérfidas.
  17. Os bons espíritos prescrevem unicamente o bem. Toda máxima, todo conselho que não esteja estritamente conforme a pura caridade evangélica, não pode ser obra dos bons espíritos.
  18. Os bons espíritos não aconselham jamais senão coisas perfeitamente racionais. Toda recomendação que se afaste da reta linha do bom-senso ou das leis imutáveis da natureza, acusa um espírito limitado e, por conseqüência, pouco digno de confiança.
  19. Os espíritos maus ou simplesmente imperfeitos se traem ainda por sinais materiais ante os quais a ninguém poderiam enganar. Sua ação sobre o médium é algumas vezes violenta, nele provocando movimentos bruscos e sacudidos, uma agitação febril e convulsiva, que se choca com a calma e a doçura dos bons espíritos.
  20. Os espíritos imperfeitos, freqüentemente, aproveitam os meios de comunicação de que dispõem para dar pérfidos conselhos. Excitam a desconfiança e animosidade contra aqueles que lhe são antipáticos, os que podem desmascarar suas imposturas são, sobretudo, o objeto de sua repreensão.
    Os homens fracos são seu alvo para os induzir ao mal. Empregando, sucessivamente, os sofismas, os sarcasmos, as injúrias e até sinais materiais de seu poder oculto para melhor convencer, procuram desviá-los da senda da verdade.
  21. O espírito de homens que tiveram, na Terra, uma preocupação única, material ou moral, se não estão libertos da influência da matéria, estão ainda sob o império das idéias terrestres, e carregam consigo uma parte de preconceitos, de predileções e mesmo de manias que tinham neste mundo. O que é fácil de se reconhecer pela sua linguagem.
  22. Os conhecimentos com os quais certos espíritos se adornam, com uma espécie de ostentação, não são um sinal de sua superioridade. A inalterável pureza dos sentimentos morais é, a esse respeito, a verdadeira prova de sua superioridade moral.
  23. Não basta interrogar um espírito para conhecer a verdade. É preciso, antes de tudo, saber a quem se dirige, porque os espíritos inferiores, ignorantes eles mesmos, tratam com frivolidade as questões mais sérias.
    Também não basta que um espírito tenha tido um grande nome na Terra, para ter, no mundo espírita, a soberana ciência. Só a virtude pode, em purificando-o, aproximá-lo de Deus e desenvolver seus conhecimentos.
  24. Da parte dos espíritos superiores, o gracejo, freqüentemente, é fino e picante, mas jamais é trivial. Entre os espíritos gracejadores que não são grosseiros, a sátira mordaz é sempre muito oportuna.
  25. Estudando-se com cuidado o caráter dos espíritos que se apresentam, sobretudo do ponto de vista moral, se reconhece sua natureza e o grau de confiança que se lhe pode conceder. O bom-senso não poderia enganar.
  26. Para julgar os espíritos, como para julgar os homens, é preciso saber primeiro julgar a si mesmo. Infelizmente, há muitas pessoas que tomam sua opinião pessoal por medida exclusiva do bom e do mau, do verdadeiro e do falso. Tudo o que contradiga sua maneira de ver, suas idéias, o sistema que conceberam ou adotaram, é mau aos seus olhos. A tais pessoas, evidentemente, falta a primeira qualidade para uma justa apreciação: a retidão do julgamento. Mas disso não suspeitam. É o defeito sobre o qual mais nos iludimos.
Acreditamos que tendo essas considerações em mente, fica bem mais fácil discernirmos a qualidade de nossos próprios pensamentos e também nos precavermos de tanta charlatanice que anda deturpando a essência esclarecedora do espiritismo por aí.

quarta-feira, 27 de março de 2013

luxo na umbanda

LUXO NA UMBANDA

Vamos refletir sobre: "necessidade x vaidade x humildade".

-Não está acontecendo um exagero de vaidade na Umbanda (não da religião, mas dos
adeptos)?
Entre muitos aspectos, podemos citar como exemplo a vestimenta e os paramentos:
quando o médium tem uma entidade ou outra que usa um apetrecho de trabalho (um chapéu,
um lenço, uma bengala ou mesmo outro elemento), nota-se que a necessidade desse material
é do guia, ou seja, aquele espírito usa o chapéu, o lenço etc. para realizar seu trabalho, dentro
do seu fundamento. Mas, quando TODAS as entidades que trabalham com o mesmo médium,
ou todas do mesmo terreiro (mesmo em médiuns diferentes) precisam se paramentar, não
seria mais coisa do(s) médium(ns), na maioria das vezes semi-consciente(s), do que do(s)
espírito(s) atuante(s)?

Na internet, revistas e jornais, podemos ver com facilidade, fotos em que o mesmo
médium (ou todos do terreiro), quando incorporado(s) apresenta(m)-se da seguinte forma: o
baiano está vestido de cangaceiro, com falangeiros de seu Zé Pelintra (não concordo com o
termo “linha de malandros”, usado pelos umbandistas mais novos) usa terno, bengala e
chapéu, o boiadeiro parece um capataz ou um coronel fazendeiro, o caboclo se veste imitando
um índio (já que o de modo geral, os artigos encontrados, como cocares, não são
genuinamente indígenas, e muitos não têm nenhuma semelhança aos paramentos que eram
utilizados pelos povos ancestrais de nosso continente, ou mesmo pelos índios atuais), o Ogum
veste roupa de soldado romano e tem uma linda espada (se possível, cravejada de brilhantes),
o erê traja roupas infantis (macacãozinho, vestidinho colorido etc), o cigano com vestes
características do povo (e lógico, quanto mais colorido, melhor), o Exu usa capa, tridente e
cartola, o marinheiro usa uma “farda” como se fosse um autêntico capitão da marinha
americana, etc. Isso quando não resolvem por um “trono” no meio do terreiro, colocando a
entidade numa posição de rei dentro da casa (já existem tronos especialmente confeccionados
para Exus e que são vendidos aos “olhos da cara” nas casas de artigos religiosos).

O que vocês acham? Será que existem mesmo médiuns ou casas onde TODAS as
Entidades atuantes precisam se paramentar?
Seria coincidência esses espíritos escolherem, todos ao mesmo tempo, esse médium ou
essa casa, para se paramentar?
Isso não seria contrário ao principal lema da Umbanda: “HUMILDADE e
SIMPLICIDADE”- tão ensinado pelos nossos sábios Pretos-Velhos?
A roupa branca (símbolo de igualdade), aos poucos estaria deixando de ser a FARDA
dos soldados do exército do Pai Oxalá, já que até em dias de giras comuns estão usando
roupas cada vez mais esplendorosas?

Será que festa de entidade ou orixá precisa mesmo desse luxo todo, deixando, às
vezes, um local sagrado como um templo umbandista mais parecido com uma ala de escola de
samba, onde todo mundo fica "fantasiado"?
Esse colorido todo não facilita a indução à mistificação, ou no mínimo, ao animismo, já
que o médium que gastou tanto dinheiro com toda essa parafernália, não vai querer deixar tudo
aquilo guardado?

Ou será que os guias, que sempre foram exemplos de humildade e simplicidade, é que
são (ou estão ficando) cada vez mais vaidosos (o que não acredito)?
Irmãos-de-fé, filhos da nossa amada Umbanda: apesar do respeito às diferenças, certas
questões poderiam e deveriam ser melhor estudadas ou revistas pelos seguidores do Mestre
Oxalá, afinal de contas, a Umbanda veio para dar espaço a todos os filhos do Pai Celestial,
principalmente aos simples e humildes (encarnados e desencarnados), muitas vezes não
aceitos em outros segmentos religiosos.

Com toda essa parafernália utilizada atualmente, como os mais necessitados se
encaixarão, já que muitos não podem comprar uma “roupa de Exu”, que muitas vezes, custa
mais do que eles ganham por um mês de trabalho?
Lembremos que o brilho que devemos mostrar não é no luxo da vestimenta, ou seja, o
lado externo, pois tudo isso é ilusório, já que roupa não tem força espiritual.

O que realmente importa é a essência divina que existe em cada um de nós, filhos de
Deus (encarnados e desencarnados). Esse brilho, que brota no âmago do ser é que deve ser
mostrado e melhor ainda, doado, a todos aqueles que necessitam. Isso sim agrada ao Pai, aos
orixás e seus Falangeiros de Luz.
Sandro da Costa Mattos
 

10-doenças espiritualmente transmissiveis

10 DOENçAS ESPIRITUALMENTE TRANSMISSIVEIS

As seguintes 10 categorizações não se destinam a ser definitivas, mas são oferecidos como uma ferramenta para se tornar consciente de algumas das doenças mais comuns transmitidas espiritualmente.

1. A Espiritualidade Fast-Food: Misture a espiritualidade com uma cultura que celebra a velocidade, a multitarefa e gratificação instantânea e o resultado é provável que seja a espiritualidade fast-food. A espiritualidade fast-food é um produto da fantasia comum e compreensível que o alívio do sofrimento da nossa condição humana pode ser rápida e fácil. Uma coisa é certa, porém: a transformação espiritual não pode ser obtida em uma solução rápida.

2. Falsa Espiritualidade: a espiritualidade do falso é a tendência de falar, vestir e agir como se imagina que uma pessoa espiritual seja. É uma espécie de imitação da espiritualidade que imita a realização espiritual da maneira que o tecido estampado de pele de onça imita a pele genuína de uma onça.

3. Motivações Confusas: Embora o nosso desejo de crescer seja genuíno e puro, muitas vezes ele se confunde com motivações menores, incluindo o desejo de ser amado, o desejo de pertencer, a necessidade de preencher nosso vazio interno, a crença de que o caminho espiritual removerá o nosso sofrimento e ambição espiritual, o desejo de ser especial, de ser melhor do que, para ser "o único".

4. Identificando-se com Experiências Espirituais: Nesta doença, o ego se identifica com a nossa experiência espiritual e a toma como sua própria, e nós começamos a acreditar que estamos incorporando insights e idéias que surgiram dentro de nós em determinados momentos. Na maioria dos casos, isso não dura indefinidamente, embora tenda a perdurar por longos períodos de tempo para aqueles que se julgam iluminados e / ou que trabalham como professores espirituais.

5. O Ego Espiritualizado: Essa doença ocorre quando a própria estrutura da personalidade egóica se torna profundamente integrada com conceitos espirituais e idéias. O resultado é uma estrutura egóica, que é "à prova de bala." Quando o ego se torna espiritualizado, somos invulneráveis a ajudar, uma nova entrada, ou comentários construtivos. Nos tornamos seres humanos e impenetráveis e estamos tolhidos em nosso crescimento espiritual, tudo em nome da espiritualidade.

6. Produção em Massa de Professores Espirituais: Há uma série de atuais tradições espirituais da moda , que produzem pessoas que acreditam estar em um nível de iluminação espiritual, ou mestria, que está muito além de seu nível real. Esta doença funciona como uma correia transportadora espiritual: coloca este brilho, leva àquele insight, e - bam! - Você está iluminado e pronto para iluminar os outros de maneira similar. O problema não é aquilo que tais professores ensinam, mas que representam a si próprios como tendo realizado a mestria espiritual .

7. Orgulho Espiritual: O orgulho espiritual surge quando o profissional, através de anos de esforço trabalhado efetivamente alcançou um certo nível de sabedoria e que usa esse conhecimento para se desligar a novas experiências. Um sentimento de "superioridade espiritual" é outro sintoma desta doença transmitida espiritualmente. Ela se manifesta como uma sensação sutil de que "Eu sou melhor, mais sábio e acima dos outros porque sou espiritual".

8. Mente de Grupo: Também conhecido como o pensamento grupal, mentalidade de culto ou doença ashram. A mente de grupo é um vírus insidioso que contém muitos elementos tradicionais da co-dependência. Um grupo espiritual faz acordos sutis e inconscientes sobre as formas corretas de pensar, falar, vestir e agir. Indivíduos e grupos infectados com o "espírito de grupo" rejeitam indivíduos, atitudes e circunstâncias que não estão em conformidade com as regras, muitas vezes não escritas do grupo.

9. O Complexo de Povo Escolhido: O complexo de pessoas escolhidas não se limita aos judeus. É a crença de que "O nosso grupo é mais poderoso, iluminado e evoluído espiritualmente, e simplesmente colocado, melhor do que qualquer outro grupo." Há uma distinção importante entre o reconhecimento de que alguém encontrou o caminho certo, o professor, ou comunidade para si, e tendo encontrado aquele, O Único.

10. O Vírus Mortal: "Eu Cheguei": Esta doença é tão potente que tem a capacidade de ser terminal e mortal para a nossa evolução espiritual. Esta é a crença de que "Eu cheguei" na meta final do caminho espiritual. Nosso progresso espiritual termina no ponto em que essa crença se cristalizou em nossa psique, no momento em que começamos a acreditar que chegamos ao fim do caminho, um maior crescimento cessa.

"A essência do amor é a percepção", de acordo com os ensinamentos de Marc Gafni, "Portanto, a essência do amor próprio é a auto percepção. Você só pode se apaixonar por alguém que você pode ver claramente – incluindo a si mesmo. Amar é ter olhos para ver. É só quando você se vê É só quando você se vê claramente que você pode começar a se amar ".

É no espírito dos ensinamentos de Marc que eu acredito que uma parte crítica do discernimento da aprendizagem no caminho espiritual é a descoberta da doença generalizada do ego e auto-engano que está em todos nós. Ou seja, é quando precisamos de um senso de humor e do apoio de amigos espirituais reais.

À medida que enfrentamos nossos obstáculos para o crescimento espiritual, há momentos em que é fácil cair em um sentimento de desespero e auto diminuição e perder nossa confiança no caminho.

Precisamos manter a fé em nós mesmos e nos outros, a fim de realmente fazer a diferença neste mundo. 

terça-feira, 12 de março de 2013

Médiuns rituais de iniciação



51 Médiuns Coroados
São aqueles que passaram por todos os rituais de Iniciação de nosso Templo, tornando-se um Iaô, um conhecedor do segredo. Seus Orixás de cabeça já foram plenamente estabelecidos e seu Guia-Mentor foi identificado. O Guia-Mentor é a Entidade maior que acompanha um médium, foi aquele que assumiu o compromisso de zelar por aquele filho e por sua caminhada espiritual. Todas as Entidades que trabalham através de um médium, por exemplo, seguem as orientações do Guia-Mentor. Sua relação com o médium deve ser a mais estrita possível e a entrega desse médium em suas mãos seria o clímax do desenvolvimento mediúnico. A partir desse momento, o médium teria alcançado a maturidade e deveria caminhar com mais força em suas próprias pernas. Até a Coroação, o Guia-Mentor de todos os membros da corrente mediúnica será o Caboclo do Sol e da Lua, ser ao qual o Guia de cada um entregou o preparo inicial do médium que será “devolvido” somente quando do ritual de Coroação.
Lembramos que o médium coroado não alcançou ainda o estágio de Babalorixá ou Ialorixá. Muitos não caminharão no sentido da independência, continuando ligados à nossa Casa e ao nosso Babalorixá. Aquele que desejar ter seus próprios filhos deverá passar por outros rituais. É importante entender que a Coroação não santifica o médium ou o torna plenamente realizado. Ela seria o primeiro passo na caminhada espiritual legítima de um buscador sincero. Todos os anos que o filho se prepara em direção à Coroação serão os anos iniciais em sua vida espiritual, mesmo que a mesma já venha sendo vivida em inúmeras vidas passadas. O médium coroado é como o adolescente. Não deve pensar que possui um grau de sabedoria superior aos outros como o jovem que se considera líder em meio a crianças. Ainda deverá trilhar outros caminhos para se aprofundar em sua caminhada.
O ritual de Coroação, também chamado por nós de Deitada de Sete Anos, uma vez que seu tempo médio de realização será sete anos após a entrada do médium na corrente mediúnica, é a consagração do médium que chega à maturidade. Ritual regido pelo Orixá Oxum, demonstra esse caráter conforme já foi dito, comparável à chegada da criança a adolescência  partir do nascimento metafórico de seus Orixás de cabeça. Será seguido de outros rituais, outras Deitadas e Reimantações que continuarão o preparo do médium. Sete anos após a Coroação, o médium Iyaô passará por outro ritual ainda mais profundo a partir do qual será considerado um Ebomi, estando pronto para ter sua própria Casa e seus próprios filhos. Esse ritual seria regido pelo Orixá Yansã, símbolo da maturidade e entrada na vida adulta. Em contraste com o caráter maternal de Oxum, Yansã representa aquela energia que nos lança ao mundo em busca de novas conquistas munidos de nossa coragem e nossos conhecimentos adquiridos com o tempo. Seria a maioridade legal alcançada pelo médium que agora chega à vida espiritual adulta.

30 Mediuns Feitos
Feitos são os médiuns que já passaram por todas as etapas ritualísticas preparatórias à Coroação. Terão essa condição aqueles que participaram da chamada Deitada para Pai e Mãe, também chamado Borí de Pai e Mãe, ritual no qual serão firmados os Orixás que regem a citual seria regido pelo Orixá Irtidamente, seus filhos.cizados, ou seja, carregados de muita emoç forma a se europeizar o cultooroa do filho, preparando-o no sentido do nascimento dos Orixás. Dentro da analogia proposta no capítulo dos Orixás, a deitada em questão seria o primeiro exame realizado pelo médico no qual o bebê se manifestaria. Aqui, verificam-se as qualidades e as condições em que se encontra aquele ser como em um ultra-som. Antes de deitar para Pai e Mãe, o médium já terá realizado o ritual de Deitada para Exu, no qual será feita a preparação do Exu Guardião (Bara) do médium, aquela energia que nos protege os corpos durante nossa vida encarnados. Antes ainda o médium será batizado, ritual simbólico de aceitação da Egrégora da Casa perante o filho que se apresenta.
Assim, o médium feito já foi batizado, já tem seu Exu Guardião (Bara) devidamente assentado e já realizou o ritual de Imantação dos Orixás de sua coroa. Seu processo de Iniciação será finalizado com a futura coroação devendo, até essa realização, ficar o médium aberto a todos os ensinamentos que ainda deverá reter para se tornar um Iaô. Deve livrar seu coração de qualquer sinal de prepotência ou vaidade, grandes inimigos de qualquer um que caminhe na nossa Umbanda. Tendo chegado tão longe no seu processo em nossa Casa, não deve agora ceder perante os desafios apresentados. Deve vencer todos os obstáculos enfrentados, eliminar as dúvidas e preparar as condições e a maturidade necessárias à Coroação.

19 Médiuns Prontos
Pronto será todo médium da corrente que concluiu seu processo de educação mediúnica. A partir desse momento, ele poderá servir como instrumento aos trabalhos de forma mais harmônica e de acordo com as determinações do Babalorixá. Nem todo médium terá papel de trabalhar incorporado, podendo o médium pronto atuar em qualquer trabalho para o qual for designado. Um médium cambono pronto certamente viabilizará o trabalho da Entidade de uma forma mais perfeita que aquele que ainda está, como dizemos, em desenvolvimento.
Não temos um ritual específico que determina que o médium está pronto, ficando esta determinação a cargo do Babá. Esse médium não necessariamente concluiu este ou aquele ritual e pode, em certos casos, ser declarado pronto já na entrada na corrente. Alguns possuem um passado de práticas espirituais que já determinam um desempenho mediúnico perfeito não necessitando de educação nesse sentido. Não se deve, no entanto, deixar que essa consideração afete a caminhada do médium em direção à Meta Final. Não podemos nos esquecer que a religião não é um substituto aos dramas sociais e não deve o médium buscar glória ou fama com seu trabalho. Aquele que se deixa levar por honrarias transitórias nunca alcançará a Realização Plena. Nenhuma coroa ou declaração do Babalorixá pode substituir o desejo sincero e a humildade que devem sempre habitar os corações dos umbandistas verdadeiros.

32 Médiuns em desenvolvimento
Estes médiuns são aqueles que estão em estágio de aprendizado em relação à manifestação de sua mediunidade. Não podem ser vistos ou tratados com desdém por quem quer que seja, uma vez que o processo de todos deve começar aqui. Ninguém nasce pronto e mesmo aquele que possui total controle e conhecimento de sua mediunidade deve saber nutrir a humildade que possibilita o verdadeiro aprendizado.
Nossa Casa prima por um desenvolvimento aprofundado dos médiuns da corrente. Assim, diferentemente de outras casas nas quais uma pessoa que apresente incorporação aparentemente perfeita poderia ser imediatamente designada para os trabalhos de consulta, nós buscamos, com paciência, o ensino correto dos primeiros passos de qualquer pessoa dentro da nossa Umbanda. Algumas crianças andam antes que outras mas é vital que o aprendizado não se transforme em corrida ou busca por mérito. Preferimos que uma criança demore mais a caminhar mas o faça de forma correta, possibilitando fazê-lo com firmeza por toda a sua vida. De que nos valeria apressar os passos de quem quer que seja, deixando de formar a base firme sobre a qual aquela pessoa caminhará por toda a vida? Muitos, em nome da pressa, acabam gerando médiuns que aparentemente caminham bem mas que poderão desenvolver problemas nas pernas futuramente por vícios de postura ou condições similares. Sabemos o quão complexo é caminhar. Não o fazemos somente com as pernas mas sim com todo o corpo físico. Caminhando é que o ser humano se distingue de todos os outros de nosso planeta mas não deve se enganar aquele que move corretamente suas pernas. Se a pessoa não souber coordenar as pernas, os braços e talvez o mais importante, a coluna, não poderá caminhar sem prejuízos futuros para seu corpo. Essa metáfora do aprendizado do caminhar nos serve para compreender o valor que damos à educação mediúnica.
Por isso não apressamos a educação de quem quer que seja e esperamos que o médium tenha total confiança na orientação do Babalorixá, como a criança que confia em seus pais, sem ilusão de independência ou prepotência, compreendendo a importância vital de um perfeito desenvolvimento e educação mediúnicos no futuro de toda a caminhada daquela pessoa.

Os Ogãs
São os responsáveis por interagir com os Atabaques durante os trabalhos. Sua atuação deve seguir a orientação da Entidade dirigente e ainda a hierarquia existente entre eles próprios. O trabalho de todos no ritual depende de sua atuação e para isso eles também passam por um longo processo de aprendizagem antes de assumirem a responsabilidade de lidar com esse vital elemento ritualístico. Muito acerca do papel do Ogã será esclarecido quando falarmos sobre a função dos Atabaques no ritual. Também o Ogã não deve permitir o surgimento em seu coração de qualquer sentimento de arrogância ou prepotência. Eles também trabalham, completamente entregues, com a finalidade comum de possibilitar ou facilitar toda manifestação mágica e mediúnica.
Sendo membros da corrente, os Ogãs também tem como objetivo final a plena realização de sua espiritualidade e não devem se perder no caminho em busca de glórias passageiras ou protagonismos incoerentes. Ninguém pode querer brilhar de forma destacada na nossa Umbanda. Nossos Ogãs ainda devem lidar com esses desafios de forma mais viva uma vez que os Atabaques, por mais que sua função seja vital e imprescindível, não devem assumir nenhum destaque no ritual. Não estamos assistindo a um concerto de percussão e a finalidade deles também é de medianeiros, possibilitando a manifestação, em nosso plano, de condições muito maiores que nossa compreensão limitada pode, por vezes, abarcar. Que os Ogãs possam sempre manter sua dignidade e sua perfeita compreensão da missão que possuem em todos os rituais em nossa Casa. Que sua luz viabilize os trabalhos e que não haja desarmonia em sua atuação, função tão importante para todos mas também um caminho seguro de desenvolvimento espiritual para aquele que não se deixa vencer pelos desafios do condicionamento e da vaidade humanos.

Os Cambonos
Cambono é o médium designado para auxiliar uma Entidade em qualquer trabalho. É um ponto de apoio material daquele ser que atua incorporado. O cambono tem função vital no  ritual umbandista e muitas Entidades se recusam a realizar qualquer tipo de trabalho sem a presença do cambono. Ele orienta os consulentes e viabiliza a consulta intermediando a Entidade quando ela necessitar. Algumas vezes a pessoa da assistência não está familiarizada com a forma de falar da Entidade ou mesmo com alguma determinação dessa que pode não ter ficado clara. Cabe ao cambono esclarecer qualquer dúvida tanto do consulente quanto da Entidade sem, no entanto, interferir nos trabalhos.
Nunca deverá, o cambono, assumir o papel de orientador ou conselheiro durante a consulta. Seria absurdo aquele que desempenha papel de ajuda e serviço numa gira tomar a frente da Entidade em relação a um consulente. Situação hilária mas muitas vezes testemunhada, estando a própria Entidade calada, possivelmente a entender com compaixão o impulso egóico do médium, enquanto o cambono se põe a tagarelar com o consulente. O papel do cambono é sutil. Deve compreender seu caráter imprescindível na realização de qualquer trabalho mas permanecer atuando nos bastidores, sem desejos de protagonizar qualquer feito e mantendo sempre a humildade acima de tudo.
Nunca se deve ver o cambono como pessoa de hierarquia inferior ou menos preparada que outras. Ele deve ter um preparo completo uma vez que permanece desincorporado durante os trabalhos. Recebem inúmeros ensinamentos das Entidades tanto em relação ao ritual quanto em relação à religião em sentido mais amplo. Ao cambonar, o médium assume uma das funções mais nobres em nossa Umbanda, doando-se para que tudo ocorra segundo a Vontade Divina. Já mencionamos que o trabalho desapegado (Karma Yoga) é um dos caminhos para a Realização Plena e que não pode nunca liderar aquele que não souber, antes, servir aos outros.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Encorporação

O assunto objeto desta matéria com certeza trará para alguns bastante dissabor e repulsa, pois tocará na vaidade e no ego daqueles que não querem que venham à baila determinadas verdades atinentes ao fenômeno da incorporação. No entanto, como o compromisso do Jornal Umbanda Hoje é ver os adeptos da religião mais esclarecidos e livres de determinados mitos que tanto prejudicam os iniciantes no culto, resta-nos tão somente esclarecermos um ponto nevrálgico sobre o presente tema.

Sabemos que na Umbanda fala-se muito em mediunidade de incorporação semiconsciente e inconsciente, que, via de regra, ensejam verdadeiras dicussões doutrinárias a respeito. Não vamos nos ater a explicarmos o processo de acoplamento de um espírito aos chakras e centros nervosos do médium, sendo tema para o futuro.

As incorporações em que os espíritos deixam completamente inconsciente o médium, com tomada integral de todas as faculdades biopsicomotoras, é fenômeno raríssimo nas religiões mediúnicas. Em tempos imemoriais, foi a forma encontrada pelos espíritos para cumprirem suas missões no plano físico sem que o medianeiro pudesse interferir em suas tarefas, pois muitas pessoas não acreditavam na ação dos espíritos sobre o corpo humano e, por isto, se tivessem alguma porcentagem de consciência, acabariam por intervir, voluntária ou involuntáriamente, no labor dos amigos espirituais.

O fato é que, na mediunidade de incorporação semiconsciente, que, diga-se de passagem, também tem seus graus de variação, o espírito ao desprender-se do médium com o qual trabalha, deixa neste quase que a totalidade das informações recebidas ou transmitidas durante uma sessão. Caso haja alguma necessidade, o espírito, atuando no sistema nervoso central e também no cérebro, pode fazer com que o médium deixe de lembrar de alguma coisa, mas isto é exceção. A regra é o médium lembrar-se de quase tudo que foi dito pelo espírito trabalhador.

Neste sentido, muito importante é o respeito e a obediência que os médiuns devem ter para com o segredo de sacerdócio, tópico que analisaremos oportunamente.

Infelizmente alguns médiuns que trabalham semiconscientemente insistem em dizer que não se lembram de nada depois que o espírito interventor se afasta. E o fazem por duas razões básicas: primeiro, querem dar um maior valor a sua mediunidade, dizendo: "eu sou especial porque trabalho sem consciência"; segundo, para se eximirem de responsabilidade, caso haja alguma comunicação equivocada, por influência do próprio médium, dizendo este depois: ”eu sou inconsciente, quem errou foi o espírito”.

Repito: a mediunidade de incorporação inconsciente ainda existe, mas é raríssima, e quem a tem geralmente não fala, porque é assunto pessoal, e também é circunstância difícil de ser provada.

Na atualidade, não se concebe deixar os iniciantes com a falsa idéia de que, incorporados por um espírito, sua mente se apagará temporariamente. Muitos médiuns sob a ação dos espíritos acham que não estão incorporados, visto terem ouvido de outros que, durante a manifestação dos espíritos, não há consciência no médium. Criam com isto uma série de dúvidas na mente dos iniciantes, fazendo com que muitos pensem até não serem médiuns de incorporação.

A Umbanda vai crescer. E crescerá através de médiuns mais preparados, mais esclarecidos em relação aos fenômenos mediúnicos. Desta forma, farão cair por terra falsas verdades que estão, infelizmente, ainda sendo difundidas irresponsavelmente por alguns.

Guias e seus fundamentos


O fundamentos das Guias

Boa tarde, amigos!
Vamos conversar sobre o fundamento das Guias na Umbanda? Separei um pedacinho do texto de Rubens Saraceni, tentei ser mais breve possível, já que o texto é longo, contudo sem perder a qualidade.



O uso de colares, pulseiras e talismãs é tão antigo quanto a própria humanidade.

[...] O uso com respeito de colares confeccionados de forma rudimentar se perde no tempo, tendo começado em eras remotas, quando ainda vivíamos em cavernas ou éramos nômades, mas precisávamos de protetores contra o mundo sobrenatural inferior ou contra o perigo de animais e insetos venenosos ou os malefícios feitos por outras pessoas, etc.    Então, que fique claro aos umbandistas que o uso de colares ou "guias de proteção" não é uma coisa só da Umbanda ou dos cultos afros aqui estabelecidos. Inclusive, os índios americanos também usavam e ainda usam colares, braceletes, pulseiras e talismãs, tal como fazia e faz o resto da humanidade.

Os padres da Igreja Católica usam rosários, crucifixos pendurados no pescoço (um colar, certo?) escapularios (...) Então, para nós Umbandistas é a mesma coisa!

(...) Só que a maioria dos umbandistas compra colares, braceletes, pulseiras, talismãs, etc. sem saber ao certo quais são seus poderes ou usos mágicos. E vemos muitos médiuns com muitos colares belíssimos no pescoço mas que, se perguntados sobre o porquê de usarem tantos de uma só vez, responderão que seus guias espirituais lhes pediram.
E, se perguntados sobre os fundamentos de cada um deles, infelizmente não saberão dizer quais são, porque isso não é ensinado regularmente na Umbanda e o pouco que sabem foi ensinado por seus guias espirituais.

1º – Um colar, anel, bracelete, pulseira e tiara ou "coroa" é em si um "círculo".

2º – Por círculo estável entendam aquele que tem forma imutável (anéis e coroas).

3º – Por círculo maleável entendam aquele que é flexível e movimenta-se, abre-se ou fecha-se segundo os movimentos do seu possuidor, (colares, braceletes e pulseiras).

4º – O círculo é um espaço mágico. E, porque é um, então pode ser consagrado e usado para uma ou mais funções pelo seu possuidor porque torna-se em si um espaço mágico ativo e funcional muito prático e fácil de ser usado.

5º– É certo que esse fundamento só era conhecido dos grandes magos da era cristalina e perdeu-se quando ela entrou em colapso, restando o conhecimento aberto ou popular de que eram poderosos protetores contra inveja, mau-olhado, fluidos e vibrações negativos, encostos espirituais e magias negativas.

6º – O conhecimento popular perdurou e acompanhou a evolução da humanidade, e várias fórmulas consagratórias foram desenvolvidas no decorrer dos tempos por magos, inspirados pelos seus mentores espirituais.

7º – Essas fórmulas consagratórias "exteriores" ou exotéricas puderam ser ensinadas e perpetuadas, auxiliando a humanidade no decorrer dos tempos.

8º – Mas, lembrem-se disto: são, todas elas, apenas fórmulas consagratórias exteriores ou exotéricas e cujos fundamentos ocultos não foram revelados.

9º – Assim, porque os fundamentos ocultos não foram revelados, o poder dos colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras e coroas só tem sido usado como protetores... e nada mais.

 10º – A Umbanda, derivada dos cultos religiosos indígenas, afros e europeus, adotou o uso de colares etc. ainda que seus adeptos nada soubessem sobre os fundamentos mágicos secretos existentes por trás de cada um desses objetos. Índios brasileiros, negros africanos, brancos europeus ou mesmo hindus cheios de colares no pescoço, pouco ou nada ensinaram sobre a consagração interna ou esotérica que dariam a esses objetos (e outros, às imagens inclusive) um poder de realização tão grande que não seriam vistos apenas como adereços ou fetichismo e sim com respeito e admiração por quem olhasse para eles ou os visse de relance.

11º – Que alguém, umbandista ou não, diga-nos se algum dia leu ou ouviu de outrem algo sobre os fundamentos ocultos e esotéricos dos colares e etc são objetos mágicos. Com certeza só ouviu dizer que são fortes protetores contra isso ou aquilo... e nada mais. Já os sábios hindus ou os velhos babalaôs sempre disseram e ensinaram seus seguidores que esses adereços consagrados por eles ou segundo suas fórmulas consagratórias (todas externas e exotéricas) tornam-se poderosos talismãs ou patuás que dão proteção contra isso ou aquilo.

12º – Nós (e você) sabemos que nunca lhe ensinaram que aqueles colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas e demais objetos mágicos usados nos seus trabalhos espirituais ou assentados no seu terreiro têm outras finalidades além das de protegê-los ou aos seus trabalhos, certo?

13º – Até os seus guias espirituais (Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Boiadeiros, Marinheiros, Baianos, Encantados, Exus, Pombagiras, Exus-Mirins, Ciganos, etc.) pouco lhes disseram sobre os mistérios de seus objetos mágicos consagrados por eles externamente ("cruzados" por eles é o termo mais adequado), não é mesmo?

14º – Você usa os colares, pulseiras, braceletes, anéis, tiaras, coroas, etc.) que eles cruzam e sente-se protegido contra inveja, mau-olhado, maus fluidos, etc. e não dá maior valor que o de simples protetores, pois eles foram cruzados e ativados segundo rituais ou processos externos, praticados por guias espirituais impossibilitados de os fazer segundo o ritual ou processo interno, que só pode ser feito a partir do lado material da vida, por uma pessoa conhecedora desse mistério.

15º – Se isso tudo está sendo revelado agora, um século após a fundação da Umbanda, é para que os umbandistas deixem de procurar em outras religiões ou nos cultos afros aqui estabelecidos os fundamentos sagrados, ocultos e esotéricos (iniciatórios) de sua religião, pois eles (todos, sem exceção) só revelam os fundamentos externos e exotéricos abertos por eles e desconhecem os fundamentos sagrados da Umbanda, que não sejam os deles.

16º – Então, como um umbandista irá obter com eles o que desconhecem da Umbanda e só conhecem de suas próprias religiões e de suas práticas mágico-religiosas, que fazem porque funcionam?

17º – Está na hora, pois ela chegou, de os umbandistas e suas práticas começarem a ser copiados pelos adeptos das outras religiões.

18º – Também chegou a hora de eles (os praticantes das outras religiões afros) respeitarem o poder mágico da Umbanda e pararem de dizer, com a "boca cheia" de orgulho, que a Umbanda não tem fundamentos e que a religião deles é que os têm.

Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias espirituais.

O procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos dos guias espirituais para que sejam cruzados (consagração).

Eventualmente são deixados nos altares por determinado número de dias para receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles.

Os guias espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente, imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize efetivamente com essa finalidade e a maioria os prefira como pára-raios protetores ou descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.

Na confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:

1ª — Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.

2ª — Há algumas exceções (Obaluaiê = preto-branco), (Omolu = preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu = preto-vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado).

O que é Axé

Para explicar o que é o Axé é necessário explicar um pouco da História da Criação segundo a fé na Umbanda.

Olodumaré, quando resolveu criar a Terra, reuniu duzentos Orixás (os Profetas, Messias, Santos e Anjos) e lhes informou de seu objetivo.
Também deu a cada um deles um Axé – uma área de atuação, onde seu trabalho seria superior aos dos outros Orixás, e pelo qual ele seria conhecido e consultado.
Assim sendo, como na fé Católica, que tem seus santos especialistas–das causas impossíveis, protetores de diversas profissões, de causas perdidas etc, a Umbanda também os tem.
Na tabela a seguir você tem informações sobre o Axé de cada Orixá.
Use essa informação a cada vez que tirar suas cartas, na orientação ao consulente.
Além da informação própria da carta, isso vai informar um Orixá encarregado daquela carta.
Se seu aspecto for positivo, encaminhe à ele seus agradecimentos. Se for negativo, busque no Axé a informação para ajudá-lo naquele momento.

Baralho Cigano Orixá Axé

1 – O Cavaleiro Exu O intermediário entre os Orixás e os Homens. É o “carteiro”, protetor dos pedidos humanos aos planos superiores.
Por transitar nos dois planos, tem atributos humanos e divinos, e os usa conforme a situação de momento.

3 – O Navio Iemanjá
Mostra a sabedoria na lida com as pessoas, mas também a obstinação incomparável.
Abrange os sentimentos e a emoção.
Dedicado ao amor pessoal, familiar e fraternal, que influencia suas decisões.
Mostra uma insegurança inteligente, que usa a persuasão para não ter de lançar mão da força bruta.
Rege a religiosidade e a espiritualidade.

5 – A Árvore Oxóssi
Padroeiro da criatividade, liberdade de ideias e expressão, pensamento e aptidão para o aprendizado.
Protetor das amizades verdadeiras.

6 – As Nuvens Iansã
A senhora da Comunicação e do Pensamento.
A protetora das Almas perdidas e Eguns, que ainda não terminaram seu destino no mundo dos encarnados. Encaminha as almas perdidas.

7 – A Cobra Oxumaré
Flexibilidade. O Senhor das doenças graves e também das curas difíceis.
Como a Cobra da carta, ele tem o “veneno” e dali faz o “remédio”.
Flexível como os remédios, que em doses corretas trazem a cura, mas em doses erradas podem matar.

8 – O Caixão Omulu
Representam a mudança, o final de um ciclo – ou o início de outro.
Na falta de termo mais apropriado, são os “padroeiros” das mudanças da vida.
Significam um período de desorientação em meio às mudanças.
Com os cuidados necessários isso pode ser proveitoso.

9 – O Ramalhete Nanã
Rege os pensamentos conciliatórios e a paciência.
É a “apaziguadora” por excelência, acalmando os ânimos nos momentos críticos em com palavras carregadas de razão e sabedoria.

10 - A Foice Obaluaye
O Senhor dos cortes para ocorrer as curas.
O Senhor das Curas.

13 – A Criança Erê
Alegres e festeiras, mas também teimosas e voluntariosas. Inocentes e bondosas, também podem ser maliciosas.
Como todas as crianças, estão em constante e vigoroso aprendizado e também sofrem pela falta do conhecimento. Prudência e comedimento é a palavra-chave para esta carta.

20 – O Jardim Ossain
O Senhor das folhas, dos segredosdas plantas e das combinações certas das folhas para as curas.
Senhor das Colheitas

21 – A Montanha Xangô
Domina as Leis e tudo que se relaciona a elas: Justiça, papéis e documentos, acordos, negociações, riqueza e poder.

22 – Os Caminhos Ogum
Orixá de Fogo, elemento de transformações, de realizações, da intuição.
Protetor de quem pensa no futuro.
Dotado de fé em si mesma, Ogum é enérgico, entusiasta, otimista, honesto, impaciente, corajoso e até agressiva. Precisa de liberdade.
Senhor da vitória física, guerra, perseguições, brigas, demandas carnais e espirituais.

30 – Os Lírios Oxum
Padroeira da Fertilidade, e regente dos amores, é representada pelas nascentes de água doce e cachoeiras.
É ela a dona dos bons sentimentos como amor e fraternidade, que acalma corações e cria sentimentos superiores.

31 – O Sol Oxalá  
Padroeiro da bondade e concórdia, fé, luz, espiritualidade, caridade, conhecimento, o positivismo da vida, mansidão no agir.

quarta-feira, 6 de março de 2013

AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO


AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO

"Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, lágrimas lhe desciam pela face e não sei por que as contei. Foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei. - Fala meu Preto Velho, diz a este teu filho, por que externa assim, esta tão visível dor? - Está vendo, filho, estas pessoas que entram e saem do terreiro? As lágrimas que você contou, estão distribuídas a cada uma delas. - A primeira lágrima foi dada aos indiferentes, que aqui vem em busca de distração. Que saem ironizando e criticando, por aquilo que suas mentes ofuscadas não puderam compreender. - A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando. Sempre na expectativa de um milagre, que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos lhes negam. - A terceira, aos maus. A aqueles que procuram a Umbanda em busca de vinganças, desejando prejudicar a um seu semelhante. - A quarta, aos frios, aos calculistas. Aos que, ao saberem da existência de uma força espiritual, procuram beneficiar-se dela, a qualquer preço, mas não conhecem a palavra gratidão e nem a Caridade. - A quinta lágrima, vê como chega suave? Ela tem o riso, do elogio e da flor dos lábios. Mas se olhares bem, no seu semblante, verá escrito: 'Creio na Umbanda. Creio nos teus Caboclos, nos teus Velhos, e no teu Zambi, mas somente se vencerem no meu caso ou me curarem disso ou daquilo'. - A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Terreiro em Terreiro, sem acreditar em nada, buscando aconchegos e conchavos. Mas em seus olhos revelam um interesse diferente. - A sétima, filho, notas como foi grande? Notou como deslizou pesada? Foi a última lágrima. Aquela que vive nos Olhos de todos os Orixás e de todas as entidades. Fiz doação desta aos Médiuns. Aos que só aparecem no Terreiro em dia de festa. Aos que se esquece de suas obrigações. Aos que esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade, tantas 'crianças' precisando de amparo. Da mesma caridade e do mesmo apoio que eles próprios, um dia aqui vieram buscar. Assim, filho meu, foi para esses todos que vistes cair, uma a uma, AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO.